A menina sim, se sentia sozinha, apesar de já está acostumada a essa solidão. Até por que ela nunca se adaptou ao mundo dos adultos. Vivia em seu mundo de sonhos. Alguns poucos a conseguiam tocar e tirá-la das nuvens, lugar onde se sentia mais segura. Mas não tinha medo da solidão, tinha medo sim de ser tocada, do contato com o outro e de tudo o que isso representa. O compromisso de ser com o outro, para ela, sempre foi um desafio. Assim, que em seu mundo, as nuvens, ficava a observar as pessoas ao seu redor e só se permitia ser com aquelas as quais ela acreditava não serem capazes de lhe arranhar a alma. Ela não entendia que ser com outro é se permitir arranhar a alma.
Até o dia em que conheceu a poesia, e esta, segurou-a pela mão e a fez descer das nuvens. Falou-lhe da leveza, do peso. Do amor, do ser com o outro. Mas também lhe arranhou a alma, porque sua verdade é muito intensa. E ser com ela é um aprendizado cotidiano, precisa-se de muita coragem e fé. E coragem e fé é o que não falta a essa menina, é o que de melhor ela aprendeu em seu mundo de sonhos.
Agora, a menina, está se transformando em mulher e caminha nua, de braços abertos, deixando cair uma lágrima silenciosa e quente, assim como, neste momento, encontra-se sua alma.
Que bom amiga... te ler!!!!
ResponderExcluirContinue, por favor!
Beijos.
continuarei, amiga. Até porque não consigo mais parar...
ResponderExcluirbeijos