A menina acordou hoje numa imensa felicidade. Ontem, ela passeou por um lindo jardim, cheio de Borboletas. Dançou, correu, brincou, sorriu e conversou muito com as borboletas. Contou de sua culpa, falou do tempo que a carrega na alma. Chorou, mas um choro diferente. Um choro de quem está se despedindo de algo que não é seu, um choro do deixar ir... As Borboletas lhe falaram muito sobre o ser o que se é, da beleza que é saber-se e contentar-se com o que lhe toca ser. À menina lhe tocou ser mulher, e nada, absolutamente nada, nem ela mesma, pode lhe roubar essa condição. E isso é um fato em sua existência, isso é tudo, isso é imenso, isso é MA-RA-VI-LHO-SO!!!!!
Abrir-se a essa verdade está sendo para a menina como quebrar um casulo e voar, voar como suas amigas Borboletas, ser livre e ir além... É saber também, que os homens são seus grandes aliados, pois eles, os homens, a fazem cada dia mais mulher.
As Borboletas sempre lhes diziam o quanto os homens lhes faziam felizes, mas a menina não entendia. Hoje, ela entende. E ela pode, assim como as Borboletas, celebrar com Ele (o Chico) o ser mulher...
"Deixei a fatia mais doce da vida na mesa dos homens de vida vazia (...) mas vida, ali, eu sei que fui feliz".
"Deixei a fatia mais doce da vida na mesa dos homens de vida vazia (...) mas vida, ali, eu sei que fui feliz".